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segunda-feira, 20 de maio de 2019

"Que audácia!" Steve Bannon em Paris!.

O partido de Emmanuel Macron considera como uma interferência o fato de Steve Bannon, antigo estrategista de campanha de Donald Trump dar apoio Marine Le Pen a alguns dias da eleição na França. "Mas, que audácia!", disse um ministro.  

"A construção de uma Europa forte são as condições da nossa soberania", acrescentou o Primeiro ministro Édouard Philippe . "Eu posso ver o quanto isso incomoda a Steve Bannon e a Donald Trump e eu entendo que isso possa incomodá-los. O que eu não entendo são os franceses que alegam defender o povo e a nação sejam porta-vozes de pessoas cujo o interesse é enfraquecer a Europa ".

 
Steve Bannon representa a extrema-direita nacionalista americana. Na campanha de Trump contratou uma empresa chamada Cambridge Analytica e conseguiu os dados do facebook de milhões de contas de perfis por todo mundo. A partir desses dados, sites, blogs e grupos de WhatsApp  foram fabricados e fabricaram notícias falsas para bombardear cotidianamente e  diretamente as pessoas para influenciá-las. Foi o que foi feito nos EUA na eleição de Trump, foi o que foi feito na eleição de 2018 aqui no Brasil e vem sendo feito em países da Europa.


 

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Falar bem o Português não é norma culta

O ensino da Língua Portuguesa é uma questão de democracia. É colocar no mesmo patamar de domínio de expressão na sua língua materna alguém vindo da classe pobre e das outras. É dar a todos a mesma oportunidade, numa entrevista de emprego por exemplo, de ser avaliado pelo seu conhecimento técnico e não ser excluído do processo seletivo por não saber se expressar adequadamente para o ambiente de trabalho. Sim. Existem vários padrões de linguagem. Existe a maneira de falar que se usa em casa, na família, ou no ambiente de trabalho entre amigos, ou nesse mesmo ambiente de trabalho, mas se dirigindo aos chefes, aos superiores, e por aí vai. Permitir que todos que realizaram os 12 anos da escola básica tenham condições de se expressarem conformemente a cada ambiente social é democracia linguística. Nada tem a ver com preconceito. O cuidado do bem aprender e de se expressar corretamente em sua língua materna estimula a busca por excelência em outras áreas do conhecimento.

Não é casual que os ministros que notoriamente desprezam e desconhecem a língua portuguesa, cometendo aberrações, são justamente os que demonstram desprezo e desconhecimento de seus respectivos objeto de trabalho: o ministro da Justiça em relação ao cumprimento das leis, e o ministro da Educação, com um currículo escolar medíocre, se vinga da comunidade acadêmica atacando Paulo Freire, reduzindo os investimentos nas escolas, universidades, ensino, pesquisa e extensão.


im, o comandante da educação no Brasil escreveu "insitaria", com "s", em lugar de "incitaria". A mensagem é das 12h33. Deve ter sido alertado para esse erro ao menos. Corrigiu. Há outros índices de, como posso dizer?, incompatibilidade entre o ministro e a língua portuguesa, mesmo em mensagem tão curta. Ele vai ficar curioso, e eu normalmente deixaria a questão de lado. Mas é ministro da educação. O "algumas nas quais" é coisa de gente que levaria pau em redação do Enem. Ele quis dizer "segundo as quais". Falta uma vírgula depois de "25 anos" — mudança de sujeito requer a dita-cuja, mesmo antes do "e".... - Veja mais em https://reinaldoazevedo.blogosfera.uol.com.br/2019/05/03/ministro-da-educacao-evidencia-alfabetizacao-precaria-alem-das-bobagens/?cmpid=copiaecola

terça-feira, 7 de maio de 2019

Ciências Sociais e Humanidades não são um luxo

No Brasil as ciências sociais, humanidades e pensamento crítico não são luxos. Nem podem ser reservados aos ricos.

Intelectuais do mundo, entre os quais Judith Butler, Eric Fassin, David Paternotte  e Achille Mbembe, se assustam com a decisão do governo brasileiro de reduzir investimentos em Educação nas disciplinas de humanidades.

Os investimentos em Educação não estão programados para retorno imediato. Os resultados são para se consolidarem na atual e as futuras gerações. Os governos e as políticas públicas cuidam da qualidade de vida das pessoas, das populações, que não podem ser privadas da compreensão de sua realidade nem da capacidade de elaborar pensamento crítico.

Artigo do jornal francês Le Monde mostra a preocupação da comunidade intenarcional com essas medidas de empobrecimento da Educação no Brasil:

https://www.lemonde.fr/idees/article/2019/05/06/bresil-les-sciences-sociales-et-les-humanites-ne-sont-pas-un-luxe_5458932_3232.html

A vingança


"Sua motivação é puramente ideológica" diz Sérgio Rodrigues na Folha de São Paulo.
E é verdade: com um histórico escolar medíocre, para não dizer recheado de fracassos, compondo uma equipe de governo onde não faltam pessoas incapazes até de falar e escrever corretamente a língua portuguesa padrão, a atitude do ministro da Educação se parece mais com uma vingança recalcada dos anos na faculdade do que com o projeto político de destruição da Educação, encampada pelo seu patrão. E não poupam, ele e seu patrão, atitudes patéticas, como as do mendigo no semáforo exibindo uma doença crônica para angariar piedade.

E  nos jornais da França não faltam matérias sobre nós:

« Son moteur est purement idéologique », écrit aussi l’écrivain Sérgio Rodrigues dans Folha de Sao Paulo, le 2 mai, évoquant un ministre guidé par le « ressentiment », qui multiplie les fautes d’orthographes et a récemment confondu, dans un de ses calculs de dépenses, les milliers avec les millions.

https://www.lemonde.fr/international/article/2019/05/03/au-bresil-le-ministre-qui-veut-reduire-les-sciences-humaines_5457823_3210.html



segunda-feira, 6 de maio de 2019

Poema de sete faces


Poema de sete faces                    



Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser
gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo

seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo
.



terça-feira, 16 de abril de 2019

Audios e textos online do romance Notre Dame de Paris de Victor Hugo


Para quem quer escutar e ler o romance Notre Dame de Paris, vão aqui áudios e texto disponíveis na internet.

https://sanderlei.com.br/PDF/Victor-Hugo/Victor-Hugo-O-Corcunda-de-Notre-Dame.pdf



Voici les liens pour le texte intégral du roman Notre Dame de Paris

https://fr.wikisource.org/wiki/Notre-Dame_de_Paris


Voici les liens pour l'audio de la lecture intégrale du roman Notre Dame de Paris

https://www.youtube.com/watch?v=ZE8B2A2JSH8


Prefácio do romance Notre Dame de Paris (O Corcunda de Notre Dame)

Depois da tragédia com a catedral de Notre Dame, é interessante ler o prefácio do livro de Victor Hugo.
Segue a tradução em português abaixo
do original em francês.

 Préface du roman Notre Dame de Paris de V. Hugo


Il y a quelques années qu’en visitant, ou, pour mieux dire, en furetant Notre-Dame, l’auteur de ce livre trouva, dans un recoin obscur de l’une des tours, ce mot gravé à la main sur le mur :
ἈNΆГKH.
Ces majuscules grecques, noires de vétusté et assez profondément entaillées dans la pierre, je ne sais quels signes propres à la calligraphie gothique empreints dans leurs formes et dans leurs attitudes, comme pour révéler que c’était une main du moyen-âge qui les avait écrites là, surtout le sens lugubre et fatal qu’elles renferment, frappèrent vivement l’auteur.
Il se demanda, il chercha à deviner quelle pouvait être l’âme en peine qui n’avait pas voulu quitter ce monde sans laisser ce stigmate de crime ou de malheur au front de la vieille église.
Depuis, on a badigeonné ou gratté (je ne sais plus lequel) le mur, et l’inscription a disparu. Car c’est ainsi qu’on agit depuis tantôt deux cents ans avec les merveilleuses églises du moyen-âge. Les mutilations leur viennent de toutes parts, du dedans comme du dehors. Le prêtre les badigeonne, l’architecte les gratte, puis le peuple survient, qui les démolit.
Ainsi, hormis le fragile souvenir que lui consacre ici l’auteur de ce livre, il ne reste plus rien aujourd’hui du mot mystérieux gravé dans la sombre tour de Notre-Dame, rien de la destinée inconnue qu’il résumait si mélancoliquement. L’homme qui a écrit ce mot sur ce mur s’est effacé, il y a plusieurs siècles, du milieu des générations, le mot s’est à son tour effacé du mur de l’église, l’église elle-même s’effacera bientôt peut-être de la terre.
C’est sur ce mot qu’on a fait ce livre.


Février 1831
Elle sera reconstruite


Prefácio

 Ao visitar, ou melhor, ao vasculhar a igreja de Notre Dame há alguns anos, o autor deste livro encontrou, num recanto obscuro de uma das torres, essa palavra gravada à mão numa parede: 

‘ANÁΓKH'

 Essas maiúsculas gregas, negras de tão vetustas e profundamente entranhadas na pedra com não sei quais indícios particulares da caligrafia gótica em suas formas e maneiras, deixavam claro que fora mão da Idade Média a escrevê-las, e sobretudo seu sentido lúgubre e fatal foi o que causou grande impressão no autor.
 Ele tentou imaginar ou adivinhar a alma aflita que não quisera deixar o mundo sem antes imprimir esse estigma de crime ou infelicidade no corpo da velha igreja. 
 Depois disso a parede foi caiada ou raspada (não sei mais), e a inscrição desapareceu. Pois é o que se faz há quase duzentos anos com as maravilhosas igrejas da Idade Média. São mutilações que vêm tanto de dentro quanto de fora.O padre pinta, o arquiteto raspa e depois vem o povo e as destrói. Assim sendo, além dessa frágil lembrança do autor deste livro, nada mais resta da misteriosa palavra gravada na escura torre de Notre Dame e nada se sabe do destino que ela tão melancolicamente resumia.  
O homem que escreveu aquelas letras na parede há vários séculos desapareceu nas sucessivas gerações,como a palavra desapareceu da parede da igreja e a própria igreja talvez também desapareça.

 Foi a partir dessa palavra que se escreveu este livro. 

FEVEREIRO DE 1831  

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Sugestão de leitura

Sugestão de leitura. Recebido de presente de amigo secreto.

1944, en Bretagne. Jacques, dix ans, grandit dans une époque confuse, entre les héros de la Résistance et les traîtres du Maréchal Pétain. Si son grand-père regrette d'être trop vieux pour prendre le maquis, son père a fait un choix différent. Marchand de vin, il n'hésite pas à vendre des bouteilles aux Allemands, et accepte même parfois de prendre un verre avec eux. Une façon de protéger sa famille que le petit Jacques, traité de fils de collabo par ses camarades d'école, a bien du mal à comprendre. Mais les enfants ne savent pas tout...

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Avant que tu ne t'en ailles

Avant que tu ne t'en ailles,
Pâle étoile du matin,
- Mille cailles
Chantent, chantent dans le thym. -

Tourne devers le poète,
Dont les yeux sont pleins d'amour;
- L'alouette
Monte au ciel avec le jour. -

Tourne ton regard que noie
L'aurore dans son azur;
- Quelle joie
Parmi les champs de blé mûr ! -

Puis fais luire ma pensée
Là-bas - bien loin, oh, bien loin !
- La rosée
Gaîment brille sur le foin. -

Dans le doux rêve où s'agite
Ma mie endormie encor...
- Vite, vite,
Car voici le soleil d'or. -

Paul Verlaine    (1844-1896)

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Le 1er Mai!

Je vous souhaite,  à tous, du Bonheur  pour toute l'année!!!


http://www.linternaute.com/actualite/societe-france/1er-mai-les-origines-de-la-fete-du-muguet-et-du-travail.shtml

Necropolítica: por Achille Mbembe

No ensaio onde Achille Mbembe teoriza o conceito e cunha o termo Necropolítica, ele pontua em especial o Estado Moderno, focando s...